País pode gastar R$ 120 bi com saúde e emprego, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que poderá gastar os R$ 120 bilhões que economizou com juros da dívida interna no ano passado com saúde, preservação de empregos e renda para os 38 milhões de trabalhadores informais existentes no país. Mas sublinhou que quanto maior for o aumento da despesa pública este ano, em função do combate ao coronavírus, “mais responsáveis teremos que ser com a aprovação das reformas esruturantes”. Para ele, “isso é um teorema”
As reformas estruturantes são a PEC do pacto federativo - cujos preceitos estão sendo turbinados na crise deste ano, o plano Mansueto, os gatilhos salariais descritos na PEC emergencial e, também, na do pacto federativo, que são de extrema relevância para conter o crescimento da folha de salários do setor público. Há outras medidas na lista do ministro como o marco regulatório do saneamento, cabotagem, setor elétrico e concessões, dentre outras, que serão cruciais para atrair investimentos estrangeiros no país quando o mundo vencer a covid-19.
Uma das medidas preconizadas pela PEC do pacto federativo é a criação do Conselho Fiscal da República. Esta é uma instância de convivência pacífica dos três Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário - “onde nenhum pode dar facada no outro”, comentou o ministro. Ele referia-se às últimas contendas envolvendo o presidente Jair Bolsonaro, que apoiou as manifestações do dia 15 de março contra Congresso e o STF. Em resposta o Congresso aprovou pauta-bomba e o ministro do Supremo, Alexandre Moraes, concedeu ao Estado de São Paulo o direito de não pagar, este ano, a dívida que tem com o Tesouro Nacional.
As PECs são importantes, tambem, para evitar que os quase R$ 89 bilhões de recursos da União para os Estados e municípios, se transformem em aumento de salários do funcionalismo estadual e local.
Ao sumir por um par de dias, Guedes suscitou especulações sobre um certo distanciamento do governo e até mesmo que estaria demissionário e em seu lugar assumiria o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
O ministro, que fez 70 anos e é parte do grupo de risco do coronavírus, decidiu, por recomendação do médico da família, entrar em home office.
Ele fez o teste e não está infectado pelo vírus, mas mesmo assim considerou que seria melhor trabalhar em casa, no Rio, do que em Brasília nesse momento.
Aliás, o hotel onde Guedes ficava na capital federal, está praticamente fechado por causa da covid-19. Ele contou que percebeu que o hotel havia entrado em colapso quando pediu um suco de laranja e o serviço de quarto ofereceu a ele, como alternativa, suco de abacaxi, pois não havia mais laranja.
Do Valor Econômico

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