Oferta de emprego temporário no varejo será a maior em 6 anos

Publiciado em 23/10/2019 as 11:19
Reinaldo Canato

As previsões de abertura maior de vagas temporárias para este final de ano melhoram as perspectivas para quem está em busca de emprego. Para especialistas em carreiras, as vagas temporárias, além de serem uma oportunidade, ainda que momentânea, de recolocação no mercado de trabalho, trazem uma chance real de o trabalhador ser efetivado e fazer parte do quadro de funcionários da empresa.

Por isso, o profissional que quer se recolocar no mercado de trabalho por meio dessas vagas deve se esforçar tanto no processo de seleção como em seu desempenho na empresa em caso de querer ser efetivado.

Segundo José Roberto Tadros, presidente da CNC, contribuem para os números a inflação baixa e a queda na taxa de juros, além de prazos mais amplos para a quitação dos financiamentos e, principalmente, a liberação dos saques do FGTS e do PIS/Pasep.

Os maiores volumes de contratações deverão ocorrer nos ramos de vestuário (62,5 mil vagas), hiper e supermercados (12,8 mil) e artigos de uso pessoal e doméstico (10,7 mil).

Oito em cada 10 vagas deverão ser preenchidas por vendedores (57 mil), operadores de caixa (13 mil) e pessoal de almoxarifado (4,6 mil).

Regionalmente, São Paulo (22,6 mil), Minas Gerais (10 mil), Rio de Janeiro (9,4 mil) e Rio Grande do Sul (7,6 mil) concentrarão mais da metade (54%) da oferta de vagas.

O salário médio de admissão deverá alcançar R$ 1.263. E os maiores salários médios deverão ser pagos aos contratados para os cargos de gerente de marketing e vendas (R$ 2.724) e gerentes de operações comerciais (R$ 2.020).

A taxa de efetivação dos trabalhadores temporários deverá ser maior do que a dos últimos quatro anos, com expectativa de absorção definitiva de 26,1%, voltando a se aproximar do patamar de 30% que costumava ser registrado até 2014.

A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) também prevê que as contratações temporárias nos centros de compra para as compras de Natal sejam as maiores desde 2014. Para Luís Augusto Ildefonso, diretor institucional da entidade, o crescimento é justificado pelos saques do FGTS e diminuição do número de famílias endividadas em relação ao ano anterior.

De acordo com os associados da Alshop, os segmentos que terão aumento nas contratações serão supermercados, restaurantes, vestuário feminino e masculino, calçados, perfumaria e cosméticos, sendo que aproximadamente 25% dos temporários poderão ser efetivados.

 

Do G1