'Todos os Governos deram uma beliscada na Petrobras, mas nunca esteve quebrada', afirma presidente do Sindipetro

Publiciado em 06/09/2019 as 16:40
Divulgação/Sindpetro

Em entrevista ao jornalista André Barros na CBN Aracaju nesta sexta-feira, 06, o presidente do Sindipetro, Edvaldo Leandro, expôs sua preocupação com relação ao fechamento de unidades da Petrobras em todo o Nordeste, incluindo em Sergipe. 

"Nossa preocupação não se restringe aos anseios de nossa categoria. Sergipe depende muito do funcionamento da Petrobras. Tanto sergipe quanto o Brasil tem sua história dividida em antes da Petrobras e depois da Petrobras", afirmou Leandro, cobrando um posicionamento político unificado entre autoridades políticas em defesa da empresa e de Sergipe. 

De acordo com o presidente da Sindipetro, "o Governo Federal está tentando nos chantagear e tirar nossos direitos, pois apenas derrotando e demitindo os petroleiros eles irão realizar o sonho do atual presidente da Petrobras: privatizar a Petrobras", conclamou. "Batemos recordes de produção e lucratividade e é esse o presente que o Governo nos dá".

"O Sindpetro tem dito que nossa categoria tem que fincar o pé e ir para cima desse governo. Privatizar significa entregar o patrimônio do povo brasileiro sob o pretexto de dizer que alguém quebrou a Petrobras. Todos os Governos deram uma beliscada na Petrobras, mas nunca esteve quebrada", alertou Leandro. "A política de preços de combustíveis é uma farsa. Esses preços que o governo pratica são irreais. O Governo aumenta absurdamente para que a população fique descontente com a Petrobras. Essa é a maior prova que o Governo que virar a população contra a empresa. Temos condições de oferecer gás a, no máximo, 20 reais e a Petrobras ainda vai lucrar com isso", afirmou.

Segundo Edvaldo Leandro, a Petrobras já firmou um acordo coletivo, prorrogado no último dia 31 de agosto. "Neste momento, estamos em acordo coletivo. Mas eles desejam aprovar uma proposta que permite, inclusive, demissão, permitindo que eles acabem com a categoria", lamentou. "Eles querem derrotar nossa categoria, mas vamos continuar lutando, pois defender a Petrobras é defender a soberania nacional", concluiu.