Petrobras recebe licença do Ibama para instalar navio-plataforma em águas profundas de Sergipe

Publiciado em 17/02/2019 as 13:34

por Felipe Maciel/EPBR

A Petrobras recebeu licença do Ibama para instalar navio-plataforma para testar a descoberta de Farfan, na área do blocos exploratório BM-SEAL-11, em águas profundas da Bacia de Sergipe-Alagoas. A licença é válida até 31 de julho de 2019 e a empresa precisa informar o término das atividades de instalação da unidade num prazo máximo de 5 dias.

A Petrobras pretendia iniciar em setembro do ano passado a produção, a partir de um Teste de Longa Duração (TLD), da descoberta de Farfan. O TLD será realizado pelo navio-plataforma BW Cidade de São Vicente e vai durar seis meses.

O navio-plataforma será ancorado em lâmina d’água de 2.250 m. A produção média de óleo durante o do TLD será de 5.978 bpd, tendo como pico 7.119 bpd e a produção de gás de 500 mil m3 /d, devido a limitações de queima de gás. O óleo será escoado por offloading e o gás natural, consumido na própria plataforma.

Para a produção comercial, a Petrobras vai instalar um gasoduto de 128 km de extensão para escoar a produção de gás natural dos projetos de produção dos reservatórios de Farfan, Barra e Muriú, na área dos blocos exploratórios BM-SEAL-10 e BM- SEAL-11. A produção do módulo 1 da região será feita a partir de um FPSO com primeiro óleo previsto para outubro de 2023.

Para isso, a Petrobras está vendendo participações no projeto de águas profundas de Sergipe. A venda parcial dos ativos faz parte do programa de desinvestimento da companhia, e vai envolver os blocos BM-SEAL-4, BM-SEAL-4A, BM-SEAL-10 e BM-SEAL-11, onde foram identificados seis prospectos, em fase final de delimitação.

Mas o que o TLD vai testar?

O TLD do poço 3-SES-176D tem como objetivo principal esclarecer as incertezas técnicas sobre escoamento e dinâmicas do reservatório e testar a capacidade de produção e aquisição de dados do comportamento da pressão de fundo e das vazões de óleo e gás.

A empresa também vai:

. analisar a modelagem geológica e de fluxo, de forma a embasar as previsões de comportamento no projeto de produção;

. identificar eventual presença de falhas, fraturas condutivas, permeabilidades horizontais e verticais, raio de drenagem, tamanho do aquífero e barreiras ao fluxo;

. avaliar o escoamento do óleo através de linhas submarinas, calibrando as correlações e resultando em previsões de produção mais confiáveis;

. adquirir informações essenciais para melhor definição dos futuros projetos de produção de petróleo e gás em Sergipe