Inadimplência cresce 3,9% em um ano

Publiciado em 13/10/2018 as 13:51


O nível de inadimplência no Brasil continua alto no acumulado do ano. De acordo com indicador da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), 62,4 milhões de brasileiros fecharam o mês de setembro com o nome negativado. 

O número é 3,9% maior que no mesmo período do ano passado e equivale a 40,6% da população adulta acima de 18 anos. Em compensação, o volume de inadimplentes se manteve praticamente estável na comparação mensal, com um tímido recuo de 0,1% em relação a agosto (sem ajuste sazonal). Na análise do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o quadro de alta inadimplência só será resolvido com a melhora do mercado de trabalho, o que exige uma recuperação econômica mais vigorosa. 

De acordo com a pesquisa, o Nordeste é a região com segundo maior percentual de negativados, com 42,3% dos adultos - 17,2 milhões de consumidores - com restrições ao crédito. Em primeiro lugar, figura o Norte (48,2% da população adulta); em terceiro, o Centro-Oeste (42,3%); em quarto, o Sudeste (39,1% ); e, por último, o Sul (37,2%). Em relação ao aumento no número de pessoas com pendências financeiras, o terceiro maior foi no Nordeste (2,7%), atrás do Sudeste (11,9%) e do Norte (4,0%). 

O levantamento revelou que a inadimplência cresce mais entre população mais velha, aos 10%. Segundo o estudo, 5,4 milhões de brasileiros de 65 a 84 anos estão com restrições no CPF. Para o presidente, o aumento expressivo se explica pelo fato dos idosos terem mais acesso a linhas de crédito, elevando o número de consumidores e, consequentemente, o de inadimplentes. A maior parcela (51,5%) de endividados, no entanto, é na faixa dos 30 aos 39 anos: 17,7 milhões de pessoas estão com as contas em atraso.