Custo da cesta básica tem comportamento diversificado nas capitais. Aracaju teve elevação.

Publiciado em 06/06/2017 as 12:32

Em maio, o custo do conjunto de alimentos essenciais diminuiu em 16 capitais brasileiras e aumentou em outras 11, segundo dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). As maiores quedas foram registradas em Fortaleza (-4,39%), Palmas (-4,25%), Salvador (-4,18%) e Vitória (-2,20%). Já as elevações foram observadas em Recife (2,89%), São Paulo (2,83%) e Aracaju (1,96%).

Porto Alegre foi a cidade com a cesta mais cara (R$ 460,65), seguida por São Paulo (R$ 458,93), Florianópolis (R$ 446,52) e Rio de Janeiro (R$ 442,56). Os menores valores médios foram observados em Rio Branco (R$ 333,15) e Salvador (R$ 351,31).

Em 12 meses, 16 cidades acumularam alta. As elevações mais expressivas foram observadas em Natal (8,14%), Fortaleza (7,83%) e Aracaju (7,59%). Já as principais reduções ocorreram em Belo Horizonte (-4,38%), Brasília (-4,32%) e Manaus (-2,89%).

Nos primeiros cinco meses de 2017, 11 capitais acumularam alta, com destaque para Recife (9,03%), Aracaju (6,10%), Teresina (4,86%) e João Pessoa (4,82%). As maiores retrações aconteceram em Rio Branco (-13,34%), Cuiabá (-5,56%), Manaus (-5,10%) e Maceió (-3,59%).

Com base na cesta mais cara, que, em maio, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em maio de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.869,92, ou 4,13 vezes o mínimo de R$ 937,00. Em abril de 2017, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.899,66, ou 4,16 vezes o mínimo vigente. Em maio de 2016, o salário mínimo necessário foi de R$ 3.777,93, ou 4,29 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 880,00.