História de Suzane Von Richthofen será contada em dois filmes com versões diferentes

Publiciado em 18/09/2019 as 12:33

A história de Suzane von Richthofen, jovem que planejou o assassinato dos pais em outubro de 2002, será contada em dois filmes, conforme anunciou a Galeria Distribuidora.

Antes previsto para ser lançado em 2019, o filme “A menina que matou os pais” ficou para 2020 e chegará aos cinemas acompanhado de “O menino que matou meus pais”. O segundo longa vai relatar a mesma história, mas contada sob um ponto de vista diferente.

Ambos chegarão aos cinemas em 2020, serão lançados no mesmo dia e terão suas sessões alternadas nas mesmas salas.

“É um caso único no cinema mundial essa produção exatamente da mesma história, porém com olhares diferentes. É uma oportunidade para o público analisar e chegar à sua própria conclusão sobre os fatos".

"O público brasileiro tem se mostrado engajado com conteúdos como este, especialmente os baseados em histórias reais. Temos que ocupar esse espaço e oferecer ao espectador obras com qualidade e respeito”, afirma Gabriel Gurman, CEO da Galeria Distribuidora.

A distribuidora destaca ainda que a produção não tem relação com nenhum dos autores do crime e tem como fonte os autos do processo.

“Temos discutido muito internamente o que é verdade. O que ela fala e o que ele fala. É verdade? Se eles estão falando coisas diferentes, qual é a verdade?".

" Um filme será a versão da Suzane e o outro, a do Daniel. São coisas que a gente descobriu na leitura do processo, versões, às vezes do mesmo fato, mas diferentes”, cita o diretor Maurício Eça.

Elenco

Suzane Von Richthofen será interpretada por Carla Diaz. Já o papel de Daniel Cravinhos ficou com o ator Leonardo Bittencourt.

“Fui educada amando meus pais. Então não entra na minha cabeça uma filha fazer isso com os próprios pais. Olhando para a história por esse ponto de vista, assumir esse papel é um grande desafio pra mim como atriz. É uma história tão trágica e tão chocante para todo mundo. Realmente acredito que histórias assim não podem ser esquecidas”, afirma Carla, que tinha 12 anos quando o crime aconteceu.

“A primeira coisa que me veio à cabeça é uma frase que a gente escuta desde a escola: ‘Você aprende História para não cometer os mesmos erros’, diz Leonardo ao relembrar o momento que recebeu o convite para estrelar o filme.

O ator também fala sobre o apoio de amigos e familiares para representar Daniel no longa. “Eles entenderam a grandiosidade do projeto e ficaram felizes por eu ter esse desafio pela frente”.

Do G1