Governo realiza visita técnica em mananciais da bacia hidrográfica do rio Sergipe

Publiciado em 06/02/2018 as 12:18

Na manhã desta terça-feira, 6, o grupo de trabalho coordenado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), com interveniência da Deso, Cohidro e Emdagro, além da empresa STPC, deu continuidade às visitas de cunho técnico aos mananciais da bacia hidrográfica do rio Sergipe que receberão ações de mobilização, sensibilização, cercamento, reflorestamento e manutenção das matas ciliares, num investimento superior a R$ 14,8 milhões, proveniente do programa Águas de Sergipe, em parceria com o Banco Mundial.

Na semana passada, o grupo de trabalho visitou as barragens Jacarecica I (em ltabaiana), Poção da Ribeira (Itabaiana), Poxim (São Cristóvão) e o Açude da Marcela (Itabaiana). Hoje, os locais visitados foram Jacarecica II (entre Malhador, Areia Branca e Riachuelo) e o riacho Cajueiro dos Veados (Malhador).

De acordo com o gestor da Semarh, Olivier Chagas, que acompanhou as visitas, com a intervenção, serão recuperados, através de recomposição florestal, aproximadamente 220 hectares, além do plantio de 500 mil mudas.

“Desde a semana passada nós estamos fazendo visitas in loco onde o nosso projeto de reflorestamento irá atuar. A ideia é plantar 500 mil mudas nessas regiões para que a gente possa recompor as matas ciliares e garantir a perenidade desses mananciais tão importantes para a vida e para o abastecimento. É a maior ação da história de Sergipe no que concerne à recuperação de matas ciliares. Nosso governador Jackson Barreto mostra o seu compromisso com o meio ambiente e com as gerações presentes e futuras. É uma ação que se realiza hoje e que terá resultados efetivos no futuro”, enfatiza o secretário.

O representante da Deso, Luiz Carlos, destacou que o grupo de fiscalização vem fazendo um trabalho minucioso para tentar corrigir uma distorção histórica.

“Os proprietários de terras no entorno desses reservatórios trouxeram degradação, comprometendo a qualidade das águas. Esse trabalho vem a corrigir essa distorção e trazer de volta a água com qualidade e quantidade. Se a gente continuar desmatando, jogando esgoto, Sergipe não terá água. Esse grupo de trabalho, a partir do processo de um decreto criado pelo governador para fiscalização desses investimentos, tem participação direta da Deso, Cohidro, Emdagro e Semarh”, elucida Luiz Carlos.

Maria Cleusa, técnica da Emdagro, explica como irá atuar. “A participação da Emdagro visa fazer o reconhecimento de possíveis problemas que a empresa que vai executar o trabalho possa ter e para que a gente possa traçar os passos que agilizem as tarefas. A Emdagro também tem um papel fiscalizador no que tange ao tamanho de muda a ser plantada”, afirma.

O técnico da Cohidro, Sergio Sá, afirma que o projeto é essencial. “Porque visa preservar todas as nascentes da bacia do rio Sergipe. Em nossas visitas, identificamos as degradações de alguns mananciais e isso não podemos deixar acontecer. O projeto do governo é essencial para a preservação dessas nascentes e a Cohidro está aqui para somar e ajudar”, frisa.

Plantação em maio

Claudia Pereira, engenheira da empresa STPC, que está fazendo a execução do projeto, disse que a parte inicial prevê a mobilização de todos os proprietários que estão fazendo o uso das áreas para que aconteça o plantio, previsto para o final do outono.

“Vai ser feita a identificação desses usos, depois o cadastro de todos esses ocupantes e, em seguida, a anuência para que seja feita a plantação. Depois de maio, nós já iniciaremos o plantio para aproveitar o período chuvoso”, avisou.

O projeto

O projeto, inédito em Sergipe, tem como objetivo atender a demanda crescente por água, garantindo o aumento da quantidade e da qualidade das águas da Bacia e provendo o abastecimento hídrico para consumo humano nos municípios de Areia Branca, Itabaiana, Malhador, Campo do Brito, São Cristóvão, Itaporanga D’Ajuda e Riachuelo.

Entre as ações compreendidas estão a adequação das propriedades rurais ao novo código florestal no que diz respeito às Áreas de Preservação Permanente (APPs). Além disso, está prevista ainda a aplicação de técnicas efetivas de manejo do solo e da água, assegurando os projetos de irrigação nos perímetros irrigados de Jacarecica I e II, Ribeira e Açude da Marcela. Essas localidades têm importância fundamental para a economia local, sobretudo em se tratando dos pequenos produtores hortifrutigranjeiros.