Janeiro Branco: senadora alerta para a necessidade de políticas públicas eficientes

Publiciado em 05/01/2018 as 07:49

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os problemas de saúde mental ocupam a quinta posição no ranking das dez principais causas de incapacidade que acometem os cidadãos. Essa informação por si só, no entender da senadora Maria do Carmo Alves (DEM) “já é suficiente para se pensar se as políticas públicas nesse segmento têm sido o bastante para garantir atendimento e dignidade aos que sofrem com esses transtornos”.

Ao falar sobre o tema e a importância do Janeiro Branco, movimento que visa mobilizar a sociedade em favor da saúde mental, Maria citou dados da Associação Brasileira de Psiquiatria, segundo os quais cerca de 15% da população brasileira sofre de algum tipo de transtorno mental; e pelo menos 5% são acometidos por processos graves e corriqueiros.

“Em todo o mundo, aproximadamente 500 milhões de pessoas são afetadas por distúrbios mentais ou comportamentais. É um número muito relevante e precisamos estar atentos para que se possa cobrar políticas eficientes e eficazes para atender aos que sofrem com esses males”, defendeu a senadora por Sergipe.

No seu entender, o Brasil tem avançado nesse sentido desde a aprovação da Lei da Reforma Psiquiátrica, em 2001, quando os investimentos passaram a ser direcionados, principalmente, para iniciativas que objetivem garantir atendimento em menos hospitais e mais em espaços abertos e base comunitária, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e as residências terapêuticas.

“A questão dos transtornos mentais, ainda é um tabu. Precisamos compreender o conceito de saúde mental e discutirmos em sociedade para fortalecermos a luta pela conscientização de modo que as pessoas reflitam, discutam e tragam elementos novos que nos faça entender esse mal”, disse Maria do Carmo, observando que esses distúrbios estão refletidos nos casos de depressão, ansiedade, fobias, pânico, dentre outras doenças.

Ela citou que dados recentes da OMS apontam o Brasil como recordista em casos de depressão e campeão em casos de ansiedade, num comparativo com outros países latino-americanos. “Isso nos faz acender uma luzinha amarela, pois devemos estar atentos às estratégias e políticas públicas a serem adotadas para que tenhamos tratamentos adequados e disponíveis a qualquer cidadão que precisar”, afirmou Maria do Carmo.