Assistência promove atividade em alusão ao Dia do Deficiente Visual
Tato, paladar, audição, olfato, visão, intelecto. Cada sentido do corpo humano tem sua função, tão vital para reconhecer cores, sabores, sensações, entre tantas outras experiências que o mundo pode proporcionar. Mas, é certo que viver em um universo onde não ter um destes sentidos é fazer parte de uma minoria, e acaba sendo um desafio para quem precisa se adaptar ao todo. Nesta quarta-feira, 13, é comemorado o Dia do Deficiente Visual e diante da necessidade de incentivar a igualdade, a solidariedade e o respeito, a Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju, através da diretoria de Direitos Humanos e Centro Dia, realizou uma oficina de brinquedos sensoriais no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Antônio Valença.
O objetivo da atividade foi interagir com as crianças para fazê-las vivenciar algumas das dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência em seu dia a dia. “Uma das propostas da diretoria é a prevenção às violações de direitos da pessoa com deficiência. Por este motivo iniciamos, em outubro, algumas ações nos equipamentos para mostrar à população quais as dificuldades que estas pessoas passam diariamente. Apesar de difícil, é possível. Mesmo de um modo diferente, em um tempo diferente”, destacou o coordenador de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência da Secretaria Municipal da Assistência, Murillo Oliveira.
Dos 16 Cras, dez unidades já receberam a atividade, com foco nas crianças e adolescentes. Murillo ainda destacou outras intervenções. “Recentemente também fizemos um cinema sensorial no Cras 17 de Março, com a exibição de um filme com áudio-descrição, começando um ciclo de conscientização, além das rodas de conversa que já realizamos. Isso mostra que mesmo com a perda de um sentido, um membro ou com deficiência intelectual, estas pessoas têm capacidade de aprender ou se comunicar. É preciso visualizar as pessoas com deficiência sem considerá-la como coitadinhas”, salientou.
De acordo com a coordenadora do Centro Dia, Lidiane Barbosa, é importante que cada um se coloque no lugar do outro para ter mais empatia. “Aqui os meninos e meninas conseguem entender o significado de aceitar o que é diferente e conviver em harmonia com isso. Eu considero como positiva esta nossa vinda, pois nós conseguimos ver nas falas de cada um deles, durante a prática, que o preconceito pode ser desconstruído.”
Mateus da Silva tem 12 anos, está morando em Aracaju há cinco meses e, por incentivo da família, sempre participa do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) do Cras. Ele, que tem e convive com uma tia com deficiência visual e intelectual, disse que teve dificuldades nas brincadeiras, mas que aprendeu bastante. “Deve ser muito difícil viver desse jeito, mas a gente convive com ela e ela consegue fazer tudo. Agora eu vejo o quanto a gente precisa cuidar dela, para facilitar as coisas ao máximo. Assim podemos viver melhor e ela também”, afirmou
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