Covisa inicia fiscalização das carnes nas feiras livres de Aracaju

Publiciado em 29/11/2017 as 01:11

A Coordenadoria de Vigilância Sanitária de Aracaju (Covisa) iniciou um trabalho de fiscalização nas feiras livres da capital, com o objetivo de coibir a venda de carnes em desacordo com a legislação. Nesta primeira etapa, foram vistoriados 11 locais e foram detectadas viárias irregularidades, como a manipulação do produto de forma inadequada e sem higiene, passando pelo descarte incorreto de resíduos, até a exposição do produto em temperatura ambiente, o que é propício à contaminação.

Segundo o gerente de Alimentos e Serviços Veterinários da Covisa, Juliano Pereira, o diagnóstico da situação já foi encaminhado para a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), órgão que administra as feiras livres. “A fiscalização encontrou situações absurdas, bancas enferrujadas, animais próximos dos feirantes, uma total falta de higiente. Nosso intuito foi fazer um levantamento do funcionamento dessas feiras e a forma como os produtos são comercializados. Fizemos essa inspeção inicial e já confeccionamos um relatório. No começo de dezembro nós iremos concluir este trabalho para que as medidas cabíveis sejam tomadas”, disse.

Pereira explica que a fiscalização envolve vários órgãos. “É uma cadeia que começa na origem da carne, passando pelo transporte e pela comercialização, ou seja, é um conjunto de ações que não depende somente da Vigilância Sanitária, mas de órgãos como Emsurb, que regulamenta o uso do espaço público; Emdagro, que fiscaliza o transporte da carne; Ministério da Agricultura; e o Ministério Público, que é um parceiro por cobrar o cumprimento da lei”, enfatizou

Juliano Pereira alerta as pessoas para os riscos do consumo de carne sem origem comprovada. “Sem passar pela inspeção de um médico veterinário, essa carne pode ser proveniente de um animal doente, e ele pode ter morrido de alguma patologia, o que inviabilizaria a sua comercialização. Entre doenças mais comins que podem ser transmitidas pelo consumo de carne estragada estão a tuberculose, brucelose, teníase e cisticercose, que muitas vezes só são descobertas anos depois, quando já é tarde demais”, comentou