Prefeitura inicia cadastramento de famílias da desocupação do Marivan

Publiciado em 26/07/2017 as 16:27

A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, iniciou nesta quarta-feira, 26, o cadastramento das famílias que foram despejadas de um terreno localizado no Marivan Sul, após a execução, no último dia 12 de julho, de uma ordem de reintegração de posse expedida pela 9ª Vara Cível em favor de um particular. A expectativa é que, com a realização do cadastramento, as famílias já comecem a ser assistidas pela Prefeitura de Aracaju ainda esta semana.

Desde o momento da reintegração de posse, do qual a Prefeitura não havia sido informada, as equipes da Assistência Social visitaram o local e buscaram dialogar com o grupo sobre a necessidade da realização do cadastro das famílias, mas apenas durante a reunião que ocorreu nesta terça-feira, 25, o cadastramento foi aceita pelas famílias.

De acordo com a coordenadora de Habitação da secretaria, Mônica Ferreira, o cadastro socioeconômico é fundamental para a identificação individual de cada uma das pessoas desalojadas. "Com esse cadastro no local, que é o de habitação, a gente vai ver realmente quem são essas famílias e as necessidades reais delas. Vamos observar realmente tudo que essas famílias estão necessitando para a gente ver a possibilidade de, a partir de amanhã, trazer isso para elas", disse.

Segundo Mônica Ferreira, nesse primeiro momento a prioridade é saúde e alimentação. "Diante das outras necessidades, a prioridade hoje é questão de alimentação, como cesta básica, e a saúde. Vamos trazer um agente de saúde porque tem muita criança, recém-nascido, idosos, pessoas com deficiência. As outras coisas, no decorrer do processo e a realização dos cadastros, nós vamos conhecer as famílias e verificar a possibilidade ou não de conceder o auxilio-moradia", informou a coordenadora.

Cadastros

De acordo com dados da Assistência Social, no total 70 famílias serão cadastradas. Entre elas, está a família de Luciana da Conceição, que morava no terreno com o esposo e três filhos.
"Eu morava de aluguel, mas meu marido ficou desempregado e não tivemos mais como pagar. Minha mãe ajudou e a gente fez a nossa casa. Agora a gente só quer que façam algo pela gente, que está muito difícil", declarou.

A situação é a mesma de Elane de Oliveira. Mãe de três filhos, ela morava com o marido e a cunhada em um barraco na ocupação e agora aguarda o auxílio da Prefeitura de Aracaju.
"Nós precisamos de tudo. Eu cheguei logo no início da ocupação e agora não tenho mais nada. O que a gente quer é um lugar pra morar", destacou Elane.