Ana Lúcia registra 100 anos da greve das trabalhadoras russas que deu início à revolução socialista

Publiciado em 23/02/2017 as 19:14

A deputada estadual Ana Lúcia ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (ALESE) na manhã desta quinta-feira, 23, para registrar os 100 anos da grande greve das operárias do setor têxtil de São Petesburgo, que deu início à revolução socialista na Rússia.

As mulheres trabalhadoras saíram em passeata em direção ao Palácio do Czar para exigir “Pão e Paz” e provocaram o começo da queda do regime czarista. “Para o grande intelectual e militante político Leon Trotsky é aí que se inicia a Revolução Russa, que vai culminar em outubro de 1917”, conta a deputada.

Ana Lúcia explicou que esta greve deu origem ao Dia Internacional da Mulher, já que o dia 23 de fevereiro no calendário gregoriano, corresponde ao dia 8 de março no calendário ocidental. “Por isso que a origem do 8 de março não tem relação com a greve das operárias americanas, mas com a greve das mulheres russas socialistas”, declarou em alusão ao mito que se disseminou em meio à guerra fria de que o Dia Internacional da Mulher foi instaurado em função da morte de 129 operárias norte-americanas durante uma greve em 1857, em um incêndio provocados por seus patrões.

Sufrágio feminino

A parlamentar também registrou a passagem dos 85 anos da conquista do sufrágio feminino no país, nesta sexta-feira, 24. São 85 anos do Decreto no. 21.076, de Getúlio Vargas que concede o direito ao voto às mulheres brasileiras, em 1932.

Porém, Ana Lúcia lembrou que apenas as mulheres alfabetizadas, sendo solteiras ou viúvas podiam escolher seus governantes, uma vez que, caso fossem casadas, elas precisavam da autorização de seus maridos.

Em 1934, nesta mesma data, lembra Ana Lúcia, foi eleita a primeira mulher deputada federal, Carlota de Queiroz. “Uma grande intelectual, escritora, médica, pedagoga”, resumiu a parlamentar.