Gripe aviária: Ministério da Agricultura descarta caso suspeito da doença em Sergipe

A informação foi divulgada em coletiva de imprensa com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.

Publiciado em 20/05/2025 as 07:29

O Ministério da Agricultura descartou, na tarde desta segunda-feira (19), três das seis suspeitas de gripe aviária que estavam em análise. Entre elas, a de Graccho Cardoso distante 112 quilômetros de Aracaju. A informação foi divulgada em coletiva de imprensa com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.

Desde que a H5N1 chegou ao Brasil, em 15 de maio de 2023, o país investigou 2.883 casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa em aves. Desses, 166 foram confirmados como sendo casos de gripe aviária, o que representa cerca de 5% das suspeitas. Das 166 confirmações, o Brasil tem 1 foco de gripe aviária em granja comercial, 3 que atingiram aves de subsistência (criação doméstica) e 164 em aves silvestres.

O g1 apurou que, na semana passada, uma produtora rural de Graccho Cardoso relatou a ocorrência de perda de 30% a 40% de aves no sítio dela. A partir daí, o município enviou um veterinário ao local e informou a situação à Empresa de Desenvolvimento Agropecuário do Estado de Sergipe (Emdagro), uma vez que a produtora disse que não havia controle de vacinação.

Gripe aviária no Brasil

No total, são dois casos confirmados e três permanecem sob investigação em todo o país até esta segunda-feira (19), segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária. Veja abaixo:

As suspeitas que deram negativo estão nos seguintes municípios:

  • Triunfo (Rio Grande do Sul)
  • Gracho Cardoso (Sergipe)
  • Nova Brasilândia (Mato Grosso)

Outros quatro casos ainda estão em análise. Nas seguintes localidades:

  • Salitre (Ceará) - região de produção familiar para subsistência
  • Ipumirim (SC) - granja comercial
  • Aguiarnópolis (TO) - granja comercial
  • Estância Velha (RS) - produção familiar para subsistência

Sem transmissão pelo consumo de carne e ovos

O mapa alerta que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos. "A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo", diz comunicado da pasta.

O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas).

As autoridades sanitárias sustentam que já começaram a adotar as medidas previstas no plano nacional de contingência. O objetivo é conter a doença, garantir a segurança alimentar e evitar qualquer impacto na produção.

O que é e onde surgiu a H5N1?

O H5N1 é um subtipo do vírus Influenza que atinge, predominantemente, as aves. Os vírus Influenza são divididos entre os de Baixa Patogenicidade (LPAI, leve) e os de Alta Patogenicidade (HPAI, grave).

O H5N1 faz parte do segundo grupo: isso significa que ele é disseminado rapidamente entre as aves e tem um alto índice de mortalidade entre os animais.

A Influenza Aviária foi diagnosticada pela primeira vez em aves em 1878, na Itália. Mas o H5N1 só foi isolado por cientistas mais de 100 anos depois, em 1996, em gansos na província de Guangdong, no sul da China.

No ano seguinte, ocorreu o primeiro registro da doença em humanos, em Hong Kong, segundo um documento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

 

Fonte: G1SE