Comerciantes registram aumento das vendas após instalação de balcões frigoríficos nas feiras livres

Publiciado em 31/07/2020 as 18:32
A presença dos balcões frigoríficos em 11 das 16 feiras livres em funcionamento na capital, administradas pela Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), tem proporcionado oportunidade de bons negócios aos comerciantes de produtos de origem animal. É que a novidade tornou-se mais um atrativo para o retorno de alguns consumidores que haviam deixado de frequentar estes espaços.
 
Na feira do conjunto Castelo Branco, por exemplo, o uso das estruturas que asseguram as condições sanitárias necessárias para a comercialização deste tipo de mercadoria foi motivo de um reforço nas vendas do feirante Diego Alves. Ele conta que mesmo em meio ao período de pandemia, onde muitas pessoas evitam sair de casa, está comercializando, por dia de atividade, cerca de 40 quilos de carne bovina a mais do que nos meses anteriores.
 
“Antes muita gente vinha para a feira, mas não comprava porque tinha receio pela falta de refrigeração. Agora, com as mercadorias dentro do balcão, conseguimos manter a temperatura ideal dos produtos e isso tem atraído mais a clientela. Então, toda melhoria que é bom para eles é bom para a gente também”, destacou Diego que comercializa ainda no bairro Grageru.
 
Para o presidente da Emsurb, Luiz Roberto Dantas, com as medidas adotadas para evitar a contaminação pela covid-19, e, consequentemente, a redução do número de feiras livres, das 25 previstas na licitação para 16, houve um aumento do número de pessoas nesses espaços que passaram a funcionar de forma reorganizada, com o uso dos equipamentos de refrigeração, além da oferta de medidas de higienização estabelecidas pela Prefeitura. 
 
“Com isso, as feiras atraíram um outro tipo de público, inclusive com a presença de mais jovens, que passaram a frequentar esses locais de comércio, percebendo que os ambientes estavam mais controlados e ainda mais chamativos do ponto de vista do consumo. A partir de então os feirantes tiveram um aumento na comercialização dos seus produtos. Por isso, a maioria dos feirantes dobraram o quantitativo vendido”, explicou Luiz Roberto.
 
A feirante Fabiana Lima Aquino também se mostrou satisfeita com os lucros obtidos com a venda de frangos, graças à realidade imposta pela chegada dos novos equipamentos, resultante do modelo estabelecido no processo de concessão do serviço. “A minha clientela gosta de comprar produto bom. Por isso, pra conseguir vender uma mercadoria de qualidade, eu sempre tinha que separar uma parte do que lucrava para comprar gelo e conseguir manter a temperatura certa dentro do isopor. Com os balcões está muito melhor pra mim e sobra até um dinheirinho a mais”, afirmou ela.
 
“Sem sombra de dúvidas o uso dos balcões trouxe melhorias para todos nós, pois com os produtos organizados e expostos da forma correta, as pessoas se sentem mais seguras e acabam comprando mais”, informou o vendedor de laticínios da feira do Residencial Costa Nova, na Aruana, Roberto dos Santos.
 
Além dos feirantes, a iniciativa da administração municipal tem agradado também os consumidores. É o caso da dona de casa Rosália Santos, moradora do Castelo Branco, que mantém, todas as sextas, o costume de frequentar a feira que fica próxima da sua residência. Ela comentou que em algumas ocasiões, antes da instalação dos balcões, teve que antecipar o horário de compras para adquirir produtos com mais qualidade de consumo.
 
“Algumas vezes tive que chegar cedinho, logo no início da feira, para conseguir pegar uma mercadoria melhor. Quanto mais os produtos ficavam expostos, corria o risco de ter alguma contaminação por moscas ou outros insetos. Agora está bem melhor e posso fazer minhas compras em qualquer horário. Isso é muito bom”, pontuou dona Rosália.
 
Novo formato
Além das feiras do Costa Nova e Castelo Branco, já funcionam com este modelo de comercialização, que dispõe de nova estrutura contendo balcões frigoríficos, bancadas para manuseio e corte de carnes e bancas para cereais e hortifruti, as feiras do Batistão (13 de Julho), 18 do Forte, Coqueiral, Jabotiana, Grageru, Orlando Dantas (São Conrado), Santos Dumont, América e Suíssa. Neste período de pandemia, 16 feiras estão autorizadas a funcionar. Elas acontecem de terça-feira à domingo e atendem todas as regiões da cidade.

 

Da AAN