Paulinho da Força é alvo de nova fase da Lava Jato, diz TV

Publiciado em 14/07/2020 as 07:59

A Polícia Federal realiza na manhã de hoje, em conjunto com o Ministério Público Eleitoral, uma operação no âmbito da Lava Jato que investiga suspeitas de crime eleitoral e lavagem de dinheiro. Segundo a GloboNews, o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) é um dos alvos.

Ao todo, estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão em São Paulo e Brasília Ainda foi realizado o bloqueio judicial de contas bancárias e imóveis dos investigados, determinados pela 1ª Zona Eleitoral de São Paulo/SP.

No comunicado, sem citar o nome de Paulinho da Força, a PF diz que "foi constatada a existência de fundados indícios do recebimento por parlamentar federal de doações eleitorais não contabilizadas, de maneira dissimulada, durante as campanhas eleitorais dos anos de 2010 e 2012, no valor total de R$ 1,7 milhões."

De acordo com a PF, "os pagamentos teriam ocorrido por meio da simulação da prestação de serviços advocatícios e também mediante o pagamento de valores em espécie."

O escritório de advocacia suspeito de participar da simulação, de acordo com a PF, tinha como um dos sócios o genro do parlamentar. Estão sob investigação transferências próximas às eleições de 2012, não declaradas na campanha, e que teriam como origem uma entidade sindical.
A Polícia Federal ainda indica que a existência de "operações financeiras que se enquadram em tipologias da lavagem de dinheiro, em especial o fracionamento de operações financeiras".

Elas não estão relacionadas ao parlamentar investigado, mas "indicam a possibilidade da prática de outros atos de lavagem de dinheiro autônomos e conexos, o que será objeto de aprofundamento na fase ostensiva das investigações".

Denominada de Dark Side, a operação teve com origem um inquérito policial remetido à Justiça Eleitoral de São Paulo em 2019, com a colaboração premiada de acionista e executivos do Grupo J&F.

Segundo a PF, os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro. As investigações em primeira instância em relação ao parlamentar se restringem aos fatos apurados nos anos de 2010 e 2012.

 

Do UOL