Bolsonaro autoriza nomeação de 1.047 policiais federais

O número representa um acréscimo de 547 policiais em relação ao previsto inicialmente

Publiciado em 24/05/2019 as 13:40
Foto: Rovena Rosa - Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou um decreto que autoriza a nomeação de 1047 policiais federais aprovados no concurso realizado em 2018. O número representa um acréscimo de 547 policiais em relação ao previsto inicialmente e corresponde a uma promessa feita pelo presidente em abril deste ano. A nomeação, no entanto, vai depender da disponibilidade de recursos da PF.

O decreto que autoriza a nomeação foi publicado na edição de hoje do DOU (Diário Oficial da União). Ainda não há data prevista para a nomeação dos policiais, mas a entrada de 1047 novos servidores vai diminuir 23% o deficit de funcionários do órgão, estimado hoje em 4,5 mil pessoas.

A autorização para a convocação dos policiais foi comemorada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. "Uma polícia federal forte representa um país mais seguro, com menos corrupção e menos drogas e armas nas ruas", disse Moro.

O decreto publicado hoje dá um alívio ao ministro que, nesta semana, foi derrotado na Câmara dos Deputados, que decidiu pelo retorno do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) ao Ministério da Economia.

Entretanto, apesar a autorização para a nomeação de 1047 policiais federais, Moro ainda terá de enfrentar uma nova batalha com a equipe econômica do governo nos próximos meses. Isso porque a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2020 prevê que o governo não fará concursos públicos no ano que vem.

Isso afeta diretamente os planos da Polícia Federal para reequipar o órgão. Em março deste ano, a PF entregou a Moro um plano que previa a realização de concursos anuais até 2022 para reduzir o déficit de pessoal. A lei ainda precisa ser votada pelo Congresso Nacional para entrar em vigor.

Entidades que representam delegados da Polícia Federal afirmam que a suspensão do concurso pode atrasar a recomposição do órgão.

Fonte: UOL Notícias