Temer convoca forças federais de segurança para desbloquear estradas

Publiciado em 25/05/2018 as 15:51


Em pronunciamento realizado no início da tarde desta sexta-feira (25), por volta das 13h, o presidente Michel Temer convocou as forças federais de segurança para desbloquear as estradas do País. "Peço que os governadores façam o mesmo", disparou. Temer garantiu que vai implantar o plano de segurança para superar os graves efeitos do desabastecimento causado pela paralisação dos caminhoneiros.

"Não vamos permitir que os hospitais fiquem sem insumos para salvar vidas, que as crianças fiquem sem escolas e que os produtores tenham o trabalho ainda mais afetado", afirmou. Ele acrescentou ainda que "o acordo com os líderes do movimento está assinado e, portanto, cumprindo a melhor alternativa".

O presidente disse que conversou com as lideranças nacionais do movimento. "Eles se comprometeram a encerrar a paralisação imediatamente. Este foi o compromisso conjunto e deveria ser o resultado do diálogo. Muitos estão fazendo sua parte, mas uma minoria radical tem bloqueado as estradas e impedido os caminhoneiros de fazerem seu trabalho", comentou Temer. O presidente finalizou o discurso dizendo que "quem age de maneira radical prejudica a população e será responsabilizado".

Ontem (24), os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Eduardo Guardia (Fazenda) e Carlos Marun (Secretaria de Governo) anunciaram acordo para suspensão dos protestos da categoria por 15 dias,. Depois disso, as partes voltarão a se reunir. Hoje (25), no entanto, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que ainda não registra desmobilização de pontos de manifestação de caminhoneiros nas rodovias do país.

A mobilização continua 

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que ainda não registra desmobilização de pontos de manifestação de caminhoneiros nas rodovias do país. O ministro Eliseu Padilha disse também nesta sexta-feira que o governo confia no cumprimento do acordo firmado ontem com as lideranças do movimento.

A decisão de suspender a paralisação, porém, não é unânime. Das 11 entidades do setor de transporte, em sua maioria caminhoneiros, que participaram do encontro, duas delas, a União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que representa 700 mil trabalhadores, recusaram a proposta.